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Moaci Moura da Silva Júnior foi ouvido por volta das 14h30 desta quarta-feira (14) durante Júri Popular, no Fórum Cível e Criminal de Teresina. Em seu depoimento, ele pediu perdão as famílias das vítimas do coletivo Salve Rainha e afirmou que não teve a intenção de matar. O julgamento acontece quatro anos após o acidente.
O jovem é acusado de provocar a morte dos irmãos Bruno Queiroz e Júnior Araújo, e de causar graves lesões ao jornalista Jader Damasceno em uma colisão de trânsito no dia 26 junho de 2016. As vítimas eram integrantes do Coletivo Salve Rainha.
“Queria pedir perdão para as famílias das vítimas, para minha e toda sociedade piauiense. Eu não ia sair de casa com a intenção de matar, o que aconteceu foi uma fatalidade. Eu conhecia o Juninho, ele foi padrinho de casamento da minha prima, conversava com ele, eu frequentava inclusive o Salve Rainha desde 2017”, disse Moaci emocionado.
O julgamento iniciou às 8h desta quarta-feira (4) no Fórum Cível e Criminal de Teresina. Durante a manhã foram ouvidas quatro testemunhas, a quinta faltou, mas a acusação já tem em mãos o depoimento dela. Em seguida, foi ouvida a primeira testemunha de defesa. Mais três testemunhas de defesa devem ser ouvidas nesta tarde.
Moaci contou detalhes do acidente que vitimou integrantes do Salve Rainha — Foto: Anielle Brandão/G1 PI
Durante depoimento, Moaci contou que foi convidado por um amigo para sair e esse estaria entrou no carro com uma garrafa de uísque. Dois foram a uma festa, depois deixou o amigo em casa e retornou para o evento.
“Por volta das 23h e pouco decidi ir embora. Parei no primeiro sinal vermelho e como todos os sinais abrem consecutivamente, resolvi pegar todos eles verdes. No último sinal me deparei com o fusca, não deu para desviar. O airbag abriu, tinha muita fumaça, fui até às vítimas, mas logo chegou a polícia e me disseram para entrar na viatura, porque já estava enchendo de gente e que poderiam me linchar”, declarou.
Moaci disse ter sido levado para a Central de Flagrantes, mas o delegado mandou ele para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames, coleta de sangue e teste do bafômetro. O acusado lembrou que foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas saiu de lá por ameaça de linchamento.
O promotor de Justiça questionou Moaci sobre o depoimento durante a audiência de custódia, em que o réu confirmava a ingestão de bebida alcoólica no dia do acidente. A acusação também mostrou uma foto do acusado na festa.
Em resposta, o acusado negou o consumo e voltou a afirmar que o uísque era do amigo e a garrafa quebrou na hora do acidente. Já a garrafa de cachaça ele disse que trouxe de Tianguá para uma amiga e desconhecia o restante encontrado no carro.
O acusado foi questionado sobre o descumprimento do acordo de indenização firmado com o pai das vítimas. Moaci afirmou que chegou a pagar R$ 200 mil a família.
Fonte: G1.com