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Lúcia Maria Pereira é moradora de rua em Teresina e usa crack há cerca de um ano. Ela diz que não costuma comprar a droga, mas que quase diariamente faz uso porque outros usuários acabam oferecendo. Para ela, o uso da droga “apaga a mente” e faz ela se sentir “como uma criança”.
Ela mora em um barraco com a companheira às margens da Avenida dos Ipês, na Zona Sudeste de Teresina. “A vida era boa”, ela diz, até pouco tempo atrás, quando morava em um sítio, mas precisou deixar o local quando o proprietário vendeu o imóvel. Desde então, passou a morar na rua. Ela diz que usa o crack para esquecer a realidade em que vive.
“O crack pra mim é passageiro, se eu tiver onde morar, não quero isso, não. As pessoas vêm pra fumar e me arrumam, me oferecem, mas não compro mais, eu compro é comida. Eu uso há um ano, já fui internada por conta de cachaça, que eu usava. Mas eu choro é por falta de comida, não por falta disso aqui”, diz ela apontando para o cachimbo de crack.
Fonte: G1.com
